Angioplastia Intracraniana

O índice de reincidência de AVE em pacientes com estenose arterial intracraniana sintomática tratados com aspirina (contra o tratamento com varfarin) no estudo WASID (Warfarin-Aspirin Symptomatic Intracranial Disease Study) foi de 18% no primeiro ano(16). No estudo mais recente SAMMPRIS (Stenting and Agressive Medical Management for Preventing Recurrent Stroke in Intracranial Stenosis) o índice de reincidência foi de 5,8% (AVE fatal 0,4% e AVE não fatal 5,3%) no primeiro ano em pacientes tratado com ” a melhor terapia médica”(17). Esta “melhor terapia médica” é conseguida através de dupla antiagregação plaquetária e modificação dos fatores de risco, incluído mudanças no estilo de vida.

O estudo SAMMPRIS foi interrompido prematuramente pela alta taxa de eventos periprocedimentos no braço da angioplastia que apresentou 14,7% de recidiva (AVE fatal 2,2% e AVE não fatal 12,5%). Estes resultados, no entanto, não têm influência sobre o procedimento de angioplastia isoladamente e sobre os riscos e benefícios associados em casos específicos. Também não tem relação a procedimento utilizando stents montados em balão.

Ainda assim a angioplastia intracraniana tem indicação nos casos que o paciente apresenta sintomatologia amplamente relacionada ao hipofluxo distal a estenose (Figura 4), ou apresenta acidentes vasculares isquêmicos recorrentes mesmo com a “melhor terapia médica possível”(2).